Grande sacrifício, sem dúvida. Ele não era um iluminado quando deixou seu palácio. Nem temos porque tentar defender os atos de Sidarta Gautama antes da iluminação; ele não era diferente de mim ou de você. Era um homem perturbado, cheio de dúvidas sobre o sofrimento, angustiado pela existência da morte. Não era ainda Buda, o desperto.
Que foi difícil sua decisão? É de imaginar: cortar seus laços e tentar encontrar as respostas. Podemos avaliar pela nossa própria luta para cortar com o passado e encontrar nosso próprio caminho. Difícil, dolorido, coisa que precisa de coragem e determinação.
Do ponto de vista ético, podemos citar S. Thomas de Aquino: “nas dúvidas morais optar pelo maior bem para o maior número de pessoas.” Não há dúvida de que este objetivo foi atingido no caso de Buda.
Por outro, lado Rahula, seu filho, foi mais tarde um dos grandes discípulos de Buda, um de seus mais próximos seguidores, sua mãe adotiva de Buda foi a iniciadora da ordem feminina e também grande discípula. A esposa faleceu antes dessa oportunidade.
Ao que parece, a família o seguiu. Assim podemos dizer que o mau karma gerado por abandonar sua família parece ter sido resgatado pela sua atuação depois de se tornar o Buda.
Fonte: Perguntas e respostas utilizadas nos ensinamentos da comunidade Daissen.
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