梅花流詠讃歌
Baikaryū Eisanka é uma prática de diversas Escolas Budistas Japonesas. Seu nome poderia ser traduzido como Cânticos Budistas do Estilo das Flores de Ameixeira. Essa prática estabilizou-se no Budismo Soto Zen desde o aniversário de 700 anos da morte do mestre Dōgen. Seus hinos são poemas, que foram musicados, de autoria de diversos mestres Zen, incluindo os fundadores de nossa escola, Keizan Zenji e Dōgen Zenji.
Uma das explicações para o nome dessa prática é atribuída ao fascículo 59 do Shōbōgenzō, intitulado Flor de Ameixeira (梅花 Baika). Nele, Dōgen Zenji traz um poema de seu mestre, Tiāntóng Rujing (Tendō Nyojō), que em muito define o que praticamos com a Baika.
Velha ameixeira torta e retorcida
de repente abre uma flor, duas flores,
três, quatro, cinco flores, incontáveis flores,
não orgulhosa da pureza,
não orgulhosa da fragrância;
espalha-se, torna-se primavera,
sopra sobre a grama e as árvores,
leva os cabelos da cabeça de um monge de manto remendado.
Gira, rapidamente transformando-se em vento selvagem, chuva tempestuosa,
cai, neve por toda a terra.
A velha ameixeira é ilimitada.
Um frio forte roça as narinas.
Old plum tree bent and gnarled
all at once opens one blossom, two blossoms,
three, four, five blossoms, uncountable blossoms,
not proud of purity,
not proud of fragrance;
spreading, becoming spring,
blowing over grass and trees,
balding the head of a patch-robed monk.
Whirling, quickly changing into wild wind, stormy rain,
falling, snow all over the earth.
The old plum tree is boundless.
A hard cold rubs the nostrils.
Tradução de Monja Kakuji 覚慈. Monja noviça na Daissenji. Escola Soto Zen.