Zen e Mindful Eating

 

A ideia deste texto é contar um pouco sobre o Budismo para entender qual é a influência do Zen sobre o mindful eating. Primeiramente precisamos entender o que é o Budismo para depois entender o que é a prática do Zen e relacioná-la com a alimentação, a partir daí conseguiremos ver exatamente quais são essas características e influências que nós recebemos hoje, por exemplo, o mindfulness, mindful eating, etc.

Começaremos esta conversa primeiramente com esta pergunta: Quem foi Buda? Retornemos há 2.600 anos atrás na Índia para encontrar o príncipe Sidarta Gautama, pessoa muito estudiosa, teve toda uma influência cultural de ensinamentos através de sua família. Basicamente ele fazia parte de um clã de guerreiros, então estudou as lutas e as ciências. Era uma pessoa muito culta, mas ainda assim se questionava sobre a vida, sobre questões existenciais.

Uma versão mais lúdica e mais prática da história conta que em um determinado momento de sua vida, ao sair escondido do palácio se depara com um idoso, aquela imagem o fez perguntar para o amigo com quem estava: “o que é isso? O que é essa velhice?”. Mas adiante ele se depara com um doente. Então ele começa a ver os fatores idade e doença.

Numa outra oportunidade ele vê a morte através de uma cerimônia funerária, até que na quarta visita ele encontra uma pessoa que faz essas práticas contemplativas, meditativas, os Assetas e percebe em seus semblantes uma tranquilidade e serenidade e isso cria uma curiosidade em sua mente: “como essa pessoa consegue chegar a esse ponto observando todas essas questões de altos e baixos na vida? Saúde e doença, juventude e velhice, vida e morte? ” Então, no ápice dessa sua crise existencial chega ao ponto de abandonar toda a sua família e sua vida no palácio e vai treinar com esses Assetas.

Por aproximadamente 6 anos, ele treinou com mestres, aprendeu muitas práticas, mas ainda assim não conseguia compreender e solucionar sua crise existencial. Indo de um extremo ao outro (quando príncipe, tinha tudo em abundância, e quando passou a fazer práticas contemplativas agredia seu próprio corpo não se alimentando e fazendo jejuns longos).

Apesar de tanto esforço, Sidarta Gautama não consegue encontrar as respostas para suas inquietações. Passa-se um tempo e ele começa a entender que na verdade a questão é um caminho do meio: nem abundância e nem severidade, e quando percebe isso em suas últimas práticas meditativas ele consegue encontrar a raiz desse problema existencial, ele se depara com o seu próprio eu, a sua própria construção e é nesse ponto que acontece o seu despertar ou iluminação.

Esse é o ponto chave: ele percebeu que o EU é uma construção, e é nesse momento de compreensão de juventude e velhice, saúde e doença, vida e morte, que ele consegue solucionar seu problema existencial. Ele pensou: “será que eu deveria ensinar isso para as outras pessoas? Será que as pessoas vão entender o que eu estou ensinando?”  Decidiu por assim fazer, ensinou por aproximadamente 40 anos e morreu lá pelos 80 anos de idade.

Ele procurava ensinar as pessoas através da compreensão das “Quatro Nobres Verdades”. Algumas traduções que nós encontramos no ocidente diz na “Primeira Nobre Verdade” que a vida é sofrimento. Mas na verdade essa não é uma tradução tão correta. Ele utiliza a palavra “Dukkah” que vem de “Duk” (eixo) para comparar a vida à uma roda sem eixo, e a ausência de um eixo em uma roda faz com que ela tenha altos e baixos, por isso causa insatisfações.

Ainda nas suas descobertas, Sidarta concluiu que o apego, esta sede para que as coisas permaneçam estáveis na vida que é impermanente causa sofrimento e insatisfação, seria essa a “Segunda Nobre Verdade”. A “Terceira Nobre Verdade” revela que existe uma solução para eliminar o sofrimento ou insatisfação, uma vez que isso tem uma causa, tem um efeito, e é possível cortar esse problema, é então que ele chega com a “Quarta Nobre Verdade”, “O Caminho Óctuplo”. Trata-se de um caminho basicamente dividido em três categorias: a parte de conhecimento, a parte de como a pessoa vive e lida com a vida e a outra parte que são as práticas contemplativas, e uma dessas práticas é justamente a meditação correta.

É aqui, exatamente neste ponto, que nós nos deparamos com o “mindfulness” que basicamente no português é o mesmo que meditação correta, atenção plena. Quando era utilizada lá nos tempos de Buda esta palavra era chamada de “Sati” que nada mais é do que relembrar, rememorar.

Falando do Zen Budismo, que é o budismo que está no Japão, nós encontramos a palavra “Sati” com este ideograma. Basicamente este ideograma pode ser traduzido como “Nem”, mas ele é a soma de dois ideogramas. É interessante para a gente compreender o que é este “Sati, mindfulness” e essa atenção plena. E basicamente nesse ideograma nós temos a primeira etapa, a palavra “Ima”. Simbolicamente observe que “Ima”, na parte superior desse ideograma é uma casinha, é como se estivesse nos chamando para o aqui e o agora, dentro desse momento presente, dentro da nossa casinha. Agora o segundo ideograma que é o kokoro ou shinn que do japonês é mente e coração. Então nós estamos sendo chamados para esse momento presente, essa casinha aqui e agora, mente e coração.

E é esse o significado das palavras Sati, mindfulness, atenção plena. Trazer para o momento presente a nossa mente e coração, aqui e agora e relembrar disso a todo momento! Por exemplo: Quando nós vamos entrar nas nossas narrativas mentais, intelectuais de passado, futuro, relembre, traga sua mente e coração para o aqui e agora. É que nós temos o “Nem”, o ideograma completo desse Sati, representado pela forma japonesa, como eles entendem essa palavra.

Essa tradução do mindfulness aconteceu pelo senhor Thomas um estudioso britânico da língua Pali e foi ele quem cunhou essa palavra mindfulness e ela ganhou popularidade com Jon Kabat-Zinn (imagem: 10:50) da universidade me Massachussetts que propagou esse conceito de mindfulness num conceito mais terapêutico, num conceito de saúde pensando principalmente nos hospitais e clínicas relacionadas ao estresse.

É nesse sentido que o mindfulness acabou se tornando algo muito presente no mundo. Se a gente olha para a loja de aplicativos e coloca lá mindfulness, teremos uma serie de aplicativos relacionados a isso alguns muito famosos que olhamos a logo e reparamos que a conhecemos, são alguns aplicativos famosos mundialmente que movimentam muito dinheiro. Então o termo e a prática de mindfulness, ficaram muito famosos no mundo. Se nós pensarmos em cursos sobre este assunto, logo teremos uma série deles online por exemplo: vídeos onde a pessoa vai assistindo, compreendendo e aplicando os conceitos dessa prática.

Se pensarmos em livros foi algo em torno de mais de 50 mil na Amazon sobre mindfulness. Se pensarmos em eventos, conferências, só no Google já aparece uma série de eventos presenciais e online por conta da pandemia relacionados ao assunto em pauta. Sem contarmos também com as ramificações que a prática do mindfulness ganhou: be mindful, mindful work trazendo conceito de mindfulness no trabalho, para questões de depressão, para nascimento, para crianças, para adolescentes, e também relacionado à alimentação e aqui nós entramos de fato na aplicação dessas técnicas para alimentação, o Mindful eating.

Todo percurso que nós fizemos desde Sidarta Gautama com sua crise existencial que resultou em técnicas e na elaboração de um caminho para a superação, será aplicado para os mais diversos assuntos. É claro que quando nós falamos aqui do Mindful não estamos falando do todo, por exemplo aquele “Caminho Óctuplo” ou toda filosofia e ensinamentos budistas, mas alguns pontos, algumas técnicas específicas sendo aplicadas nos mais diversos contextos da vida atualmente.

Se olharmos então para esse segundo ponto a prática do Zen o que seria? Se pensarmos no Zen em si o seu principal ensinamento, a sua principal prática é o zazen e o zazen é uma meditação (o termo meditação refere-se aquele que medita sobre algo) e no zazen não meditamos sobre algo especifico, criando âncoras do tipo focar na respiração ou em um determinado som para ficar no momento presente. O zazen tem uma perspectiva abrangente, não tem necessariamente o observador que está meditando ou percebendo algo, ele tenta unir-se a isso tudo, criando uma visão Una, uma perspectiva Una daquele momento do apenas sentar em zazen.  “Za” significa sentar e “zen’ seria essa prática profunda, meditação profunda.

Obviamente existe dentro do zazen várias técnicas, por exemplo: uma pessoa que está começando agora a praticar naturalmente terá que criar uma âncora que seja, pode ser sua respiração ou o som, até mesmo contar a sua respiração, talvez isso com o tempo facilite até chegar ao ponto de conseguir abandonar essas âncoras e atingir uma técnica muito mais avançada é que o shikantaza, que é o apenas sentar.

Nesse sentido, é interessante para esclarecer e tentar ilustrar um pouquinho disso, observar o seguinte: imagine todas as pessoas sentando-se em zazen, seja num retiro, seja numa comunidade e o professor naquele momento vai dar as instruções, ele vai falar algumas breves palavras que eu repito algumas delas para vocês agora: “Ouça o pássaro cantar lá fora mas não pense “um pássaro cantou lá fora”, não coloque um “eu” no pássaro, não há uma identidade no pássaro, também não há uma identidade que ouve o pássaro. Não diga para si mesmo “eu estou ouvindo um pássaro, como é bonito o canto do pássaro”. Todos esses são julgamentos! O canto do pássaro tem de nos atravessar! Passar por nós de um lado ao outro, não deixar rastro, surgir e desaparecer.

Estamos conscientes profundamente do canto, o ouvimos com nitidez, mas ele passa por nós de um lado para o outro, simplesmente sente-se e cante com o pássaro. Você é o próprio canto do pássaro, você é o pássaro! Não é o pássaro que canta, todo universo canta. Você canta junto com todos os seres. Não há lá nem aqui, nem passado e nem futuro, há somente – estalo de dedos – e pronto!

Essa é a maior prática! Se você atingir essa prática não precisará de nenhuma outra porque todos os seus sentidos deixaram de funcionar para enganá-lo, para criar a consciência de um “eu”. Você desarmou a armadilha que surge com as percepções e com a instalação da consciência.” Esse é o trecho do livro “O pico da montanha é onde estão os meus pés” escrito pelo Monge Genshô.

Agora, este “apenas sentar” é algo muito difícil se a gente pensar nas práticas em si, nós temos essa mente de macaco que fica pulando de um galho para o outro, de uma historinha para outra, de uma narrativa para outra, então essa técnica do shikantaza ou apenas sentar-se é algo muito avançado. Se nós olharmos para o mindfulness contemporâneo, pegando o termo em si e o Zen Budismo, nós veremos que este influencia o mindfulness. Então essas técnicas e práticas foram retiradas desse contexto budista e começaram a ser aplicadas em outros cenários, quem sabe para diminuir o estresse, alguma questão terapêutica etc.

Falamos em Mindful eating para nos reconectarmos com a alimentação, para percebermos o aroma, perceber toda essa interconexão, simplesmente olhando para o prato. E basicamente seria essa a influência do zen para o Mindful eating. Agora, se a gente olha para as diferenças, o Zen Budismo em si está lidando com uma questão existencial porque se aprofunda em assuntos condicionantes para um estado mental, como por exemplo: saúde, doença, juventude, velhice, vida e morte. O mindfulness em um contexto mais terapêutico, pode ser aplicado no dia a dia através de práticas simples.

Trataremos agora da alimentação no Zen. Aqui nós veremos exatamente como o Zen Budismo lida com alimentação e é interessante pensar que alimentação tanto para o Zen como para o Budismo em si é representada até mesmo nas roupas! Temos aqui uma roupa de um Monge Zen Budista perceba que tem este pano ocre/marrom, para representar o manto de Buda.

É utilizado desde a sua época pelos monges, no Zen ele é chamado de Okesa, seu padrão de costura retrata a seguinte história: estava Buda com um dos seus discípulos, o Ananda, passando por um vale e no horizonte eles avistaram uma plantação de arroz e conversaram sobre isto: “nossa, que interessante seria ao fazermos o nosso manto, pudéssemos colocar a costura imitando este padrão de plantação de arroz! ”.

A plantação de arroz é algo que precisa de uma comunidade inteira para plantá-lo, não é algo que se faça sozinho, está aqui mais um ensinamento, a questão da interconexão, da interdependência, de precisar de toda comunidade junta para executar tal tarefa. O interessante é que se olharmos de cima, tanto esta plantação de arroz como o manto de Buda (Okesa) encontraremos esse padrão A prática da costura também já nos dar outra aula a mais, se olharmos de perto, a costura de um manto, esse no caso é um mini manto de Buda que é um Rakusu, esse por exemplo que estou usando, veremos que cada pontinho dele é costurado um a um, lembrando inclusive o grão de arroz.

Se focarmos apenas na questão do alimento em si, veremos também a prática da mendicância realizada pelos monges que saiam pelas ruas pedindo. Então aqui é algo interessante pensar porque os monges (Zen Budistas) antes, há centenas de anos atrás não podiam trabalhar, por isso precisavam mendigar pelo seu alimento, recebendo e comendo o que lhes fosse ofertado sem questionar ou julgar.

Existe uma história que representa isso muito bem: conta-se que um monge recebeu um alimento de uma pessoa com hanseníase, na hora que a pessoa foi servi-lo o seu dedo caiu na tigela do monge, e o monge simplesmente não questionou e comeu o alimento que havia sido lhe entregue.  Com isso, concluímos o quanto é importante o não julgamento, de apenas receber o que lhe fora doado.

Interessante observar o estilo da cozinha do Zen Budismo, chamada de shôjin ryôri é uma cozinha vegetariana, vegana e é muito bonita. Você pode encontrar alguns vídeos no Youtube falando sobre esse tipo de cozinha que é algo muito interessante, muito bonito, pois reúne desde a plantação e a colheita até a combinação dos alimentos e a forma de preparo. É uma cozinha muito rica e muito bonita visualmente, é comparada a uma arte.

Trataremos agora de analisar o ato de comer em si. No Zen Budismo utiliza-se tigelinhas chamados de ōryōki e essas tigelinhas vem com talheres e guardanapos e são encaixadas uma em cima da outra: uma grande, uma média e uma pequena. Existe um ritual para abrir esses guardanapos e acessar as tigelas onde serão depositados separadamente os alimentos. Nós não misturamos os alimentos para que possamos perceber exatamente o sabor de cada um deles. Quando for preciso trocar, deixa-se uma tigelinha na mesa, pega outra e então vai revezando entre elas.

É interessante perceber que a prática em si do ōryōki é algo extremamente meticuloso, pois cada detalhe concorre para treinar estar no momento presente porque se você pensar em alguma coisa que está acontecendo lá fora ou algum pensamento do passado ou futuro surgiu, você perderá toda a sequência e a pessoa que estar ao seu lado saberá que você se perdeu no raciocínio.

O professor estar atento a todo mundo, ele sabe exatamente o que está acontecendo na mente de cada um por causa de cada detalhe que o praticante está mostrando ali. Normalmente, de início é uma prática bastante difícil durante os retiros para se conseguir acompanhar cada uma das etapas. Tem uma história que retrata este fato: em meio a um retiro iniciou-se o ōryōki, as refeições formais, café da manhã e almoço são feitos com as tigelinhas. No meio desta prática, na hora do almoço, um praticante começou a chorar absurdamente, mas ninguém parou a prática, a pessoa se controlou e parou de chorar, ela aparentava uns trinta e tantos anos de idade. No final o professor foi conversar com ela, perguntar-lhe se estava tudo bem, se precisava de ajuda. Ela simplesmente relatou que em toda a sua vida, nunca tivera feito uma refeição de verdade e aquela emoção manifestada era por conta disso. A prática de oryoki lhe proporcionou estar presente com a vida e com todos os seres.

Ao se iniciar o ōryōki, os alimentos já servidos dentro das tigelas, todos os praticantes entoam em voz alta a seguinte recitação: “Recebamos esse alimento conscientes dos inumeráveis esforços necessários para que ele chegue até nós”. E a recitação prossegue, então é interessante perceber que nós estamos olhando para cada um daqueles alimentos e observando cada um dos esforços necessários para que ele chegasse até nós. Pensando desde a plantação até o material necessário para o ato de cozinhar, seja uma lenha ou o gás de cozinha e assim por diante. Então essa recitação traz justamente isso, perceber a prática da pessoa e se ela condiz, se é merecedora daquele alimento.

Para mim particularmente, é importantíssimo ter essa observação dos esforços necessários para que aquele alimento chegue até nós ao final da prática, mas existe também todo um cuidado com relação às sobras dos alimentos e não necessariamente pensando apenas em meio ambiente do tipo “não vou jogar alimento fora” “evitar desperdício” não é só isso, vai além! É o trabalho que você dará para outra pessoa que lavará as tigelas.

Tem uma história contada por Monge Genshô que quando ele estava fazendo treinamento no Japão e que passou a pessoa com uma bandeja para recolher as xícaras de chá, não era o ōryōki, mas, muito provavelmente um lanche da tarde, ao invés de colocar apenas a xícara de chá na ordem correta, no local correto, ele pegou o seu guardanapo pessoal, dobrou bem cuidadosamente e colocou em baixo da xícara. Ao final dessa refeição chegou o superior e foi questioná-lo porque ele havia colocado o guardanapo lá, o lixo era dele, ele tinha que jogar no lixo. Você guarda o lixo com você e depois o descarta, você está dando trabalho para outra pessoa cuidar do seu lixo.

Isso é algo interessante pois aqui no ocidente pensamos que o lixo não é nossa responsabilidade. A gente olha o lixo na rua e coloca a culpa no governo que não cuida enquanto existe países que o lixo é de sua responsabilidade.

Então essas práticas nos dão um grandioso senso de perceber a consequência de cada um dos nossos atos. E é nesse sentido que podemos falar sobre o grão de arroz quando estivermos olhando para ele ou qualquer outro alimento, possamos observar todos os esforços necessários para que cheguem até nós, a pessoa que cozinhou, a pessoa que serviu, a pessoa que preparou a mesa.

Se nós olharmos todos os dias desde o transporte daquele alimento para chegar na nossa cidade até a pessoa que plantou, que arou aquela terra, na própria minhoca ou outros animais que contribuíram para aquele solo, teremos a oportunidade de perceber toda essa interconexão e interdependência

São essas as práticas do Zen Budismo, tentar nos trazer essa atenção, essa consciência para o momento presente, para perceber essa grande ilusão que nós criamos! Nós achamos que somos seres independentes, autossuficientes, sofremos ao ver nossa identidade envelhecendo, ficando doente, este corpo em si que está em eterna mutação, está sempre se transformando. Daqui a pouco nós poderemos ser pó, adubo e assim por diante. Se nós olharmos profundamente, veremos toda essa interconexão e interdependência e teremos em cada um dos nossos atos muito mais cuidado porque cada ação tem uma reação.

Agora, quais são as consequências dos nossos atos? Então é nesse sentido que essa prática do Zen vem para nos chacoalhar, para querer acordar para vida em si.

Caso você queira conhecer mais sobre a pratica do Zen Budismo, conhecer a própria comunidade a qual eu faço parte, o Daissen você pode acessar o site daissen.org.br e também no Instagram o @zendaissen ou @mongegensho. Eu agradeço muito a oportunidade de poder conversar sobre Mindful eating e a sua relação com o Zen Budismo. Espero que tenha um ótimo dia, fique com saúde e segurança.

 

Transcrição da palestra do Monge Jitsugen. Monge noviço na Daissen Ji. Escola Soto Zen.

 

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