Essa raposa também conduz seu pisar.
Se passar da superfície, afunda na areia quente e terá que se esforçar demais para prosseguir.
Não há aves no céu.
O Sol amarelo, a areia amarela, somente redemoinhos e miragens.
O ar parado é delusão.
O vento em rodas, ilusão de eixo.
Espreme os olhos para enxergar.
Raposinha, seu deserto é meu mar?
Poesia de Marília Carbonari. Praticante Daissen Ji. Escola Soto Zen.