Este Deus que estamos acostumados no ocidente, o deus criador, um ser com vontades, desejos, projetos, não existe no budismo. Por causa disto alguns dizem que o budismo é ateu, mas isto é uma simplificação. O budismo não é niilista, pensamos apenas no Vazio de onde o universo surge e no qual somos fenômenos. Mas ele é não causal, não condicionado, não pessoal. Como o oceano onde surgem as ondas, nós e todos os seres e coisas são como ondas na superfície do vazio, pensamos que somos indivíduos, mas esse é um engano, temos a ilusão da individualidade e queremos que ela seja permanente, na verdade somos apenas manifestações kármicas temporárias. Compreender e ser capaz de integrar-se é a iluminação. Quando Paulo diz: “não sou mais eu quem vive, mas Cristo quem vive em mim” está falando de uma experiência compreensível por um budista.
Fonte: Perguntas e respostas utilizadas nos ensinamentos da comunidade Daissen.
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